(19) 3463-3713 (11) 98466-6157 (11) 98158-8302 vendas@m-arnaud.com.br

Mulheres São Montanhas

A M-Arnaud é uma das patrocinadoras do curta nacional “Mulheres são Montanhas”. O filme mostra a trajetória das escaladoras Mônica Filipini e Danielle Pinto, as dificuldades que as mesmas enfrentam tentando conciliar suas vidas e o esporte.  O curta-metragem dirigido por Renata Calmon, fez sua première no dia 18/08, no Rocky Spirit, o maior festival de cinema outdoor do paísA exibição foi gratuita e no parque Villa-Lobos, em São Paulo, junto com outros filmes nacionais e internacionais sobre esportes outdoor.
Confira a programação completa do festival: https://rockyspirit.com.br/

 

 

 

A M. Arnaud realizou uma entrevista exclusiva com a Renata, confira abaixo:

Veja abaixo o Trailer do Filme Mulheres são Montanhas

Entrevista com Renata Calmon:

– Além das dificuldades naturais da escalada, ser mulher traz uma série de outros desafios, principalmente numa área esportiva com predominância masculina. Qual foi o momento mais crítico durante a produção do filme?

Acho que a maior dificuldade na produção do filme foi conquistar as pessoas em torno do projeto. Como não era um projeto com algum tipo de incentivo financeiro, tive que convencer cada pessoa da equipe a trabalhar de graça, sem nenhum tipo de retorno imediato. Isso deu trabalho!! Mas faz parte de levantar um projeto sem grana. Mas como eu estava muito apaixonada pela ideia e acreditava que valia a pena o esforço, consegui mobilizar a equipe. Não senti dificuldade por ser mulher, mas sim por ser diretora estreante.

– Natureza, mãe natureza, Gaia. A terra é geralmente referenciada como uma entidade feminina, você acha que esse contato com a natureza é uma oportunidade de conexão maior com o feminino?

Acho que o contato com a natureza é uma oportunidade de conexão com algo maior, que nos ultrapassa, e que nos faz sair de uma vibração cotidiana. Eu não sou uma pessoa muito espiritualizada, mas sempre me sinto muito renovada quando vou escalar na montanha, ou vou fazer trilhas, ou vou às cachoeiras. É sempre muito especial. Mas apesar de não ser exatamente espiritualizada, eu gosto de pensar que a montanha é uma entidade sagrada, uma deusa, e sempre antes de escalar eu peço licença e proteção para ela.

– No trailer do filme, podemos ver uma das escaladoras amamentando. Como é conciliar a vida de atleta com a “atividade radical” que é ser mãe? 

Acho que a Mônica Filpini e Dani Pinto conseguem conciliar a escalada com a maternidade porque além do apoio dos parceiros elas também contam com uma rede de amigas em São Bento do Sapucaí que se ajuda mutuamente. Acho que é muito possível conciliar ambas as atividades especialmente se você está inserido na sua comunidade de escalada e pode contar com o apoio dos amigos.

– O título “mulheres são montanhas” além de fazer alusão à escalada, também faz referência à força das mulheres. Você acredita que esse filme pode ser mais um “grito de resistência” feminino?

Não sei se eu usaria a expressão “grito de resistência”. Acho que o filme é nossa singela homenagem a essas mulheres guerreiras e maravilhosas.

– O projeto bateu a meta de arrecadação no Catarse, você acredita que isso abre caminho para futuras produções, suas ou de outros, evidenciando a força feminina em outras atividades radicais?

Eu espero que sim! Estou avidamente acompanhando os documentários esportivos sobre mulheres. Inclusive estaremos em um festival internacional com o filme que em breve poderemos revelar qual é, e vai ser muito legal poder compartilhar nossa experiência e também assistir as outras produções. E eu não esgotei o tema. Quero continuar retratando a escalada feminina por algum tempo ainda.